Cristiano Daros
Na contramão da cultura futebolística brasileira, Antônio Carlos Zago vem recusando convites de clubes de divisões superiores à Série C. A investida desta semana foi, de novo, do Figueirense, que está na elite nacional. Outros clubes também tentaram tirar o comandante do Juventude, mas não levaram. A explicação de Zago por recusar propostas financeiras mais vantajosas é simples:
– Acredito que por eu ter iniciado o trabalho aqui, vejo que há condições de subir à Série B. O grupo já tem uma base e agora chegaram alguns reforços que vão ajudar. Apareceram outras coisas, mas acabei dizendo não, até porque acredito que o time possa jogar a Série B do próximo ano.
Há 10 meses no comando do Juventude, Antônio Carlos é o responsável pela montagem do grupo atual. O próprio treinador destaca a sincronia entre a casamata e os atletas em campo, conquistada por este tempo de convivência. A longevidade no comando pode ter vínculos com a escola europeia, onde ele permaneceu um bom período como assistente técnico da Roma-ITA e do Shakhtar Donetsk-UCR. Mas há também uma ligação afetiva com o Juventude e com a cidade.
– Mesmo dirigindo um clube de Série C, tenho um carinho especial pelo clube pelo qual joguei por dois anos. Conheci várias pessoas que hoje estão na diretoria, tenho ótimo relacionamento com os torcedores e gosto da cidade. Isso faz com que eu repense o que vem acontecendo agora. É importante você terminar o trabalho e espero que eu possa acabá-lo da melhor maneira possível – afirma Zago.
O Juventude só volta a jogar na segunda-feira, dia 13, contra o Boa Esporte, em Varginha (MG), pela quarta rodada da Série C nacional. O zagueiro Klaus e o atacante Roberson, recuperados de lesão, devem voltar ao time titular.