Léo Gerchmann
Às vezes, é bom esperar o momento certo para opinar publicamente. E esse momento chegou! Logo, digo com a autoridade que os fatos me conferem: a Copa Sul-Americana
é uma excrescência! É torneio de perdedores, em especial no que toca ao critério (sic) de escolha dos participantes brasileiros. Simboliza toda a falta de lógica do futebol
no Brasil, na América do Sul e no mundo.
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Por que digo isso agora? Porque o Atlético-MG e o Corinthians, dois dos nossos melhores times, viram-se desclassificados nas oitavas de final da Copa do Brasil sem dó nem piedade. Já Goiás (eliminado depois pelo Brasília!), Chapecoense e outros timaços, de altíssima tradição internacional, caíram fora da Copa do Brasil e receberam, de presente, vaga na "Sula". Ueba! Bota mérito nisso! Repito: Goiás e Chapecoense foram desclassificados antes, na terceira fase da Copa do Brasil. A chance de participar da "Sula" é cair fora cedo na Copa do Brasil! Você acha isso normal?! Pra mim, é uma aberração. É premiar o ruim.
Aproveito o nonsense escancarado dos cases Atlético-MG e Corinthians, além de Flamengo e Cruzeiro, porque talvez você ache legítimo times que ficaram entre quinto e décimo lugar no Brasileirão do no anterior entrarem na "Sula". Você sabe que funciona assim, né? Pois pense: o Inter ficou em terceiro na Libertadores, a grande competição continental. No Brasileirão de 2014, também ficara em terceiro. Sou gremista. Mas quero regras racionais para vibrar com o que importa. Acho abominável que a Chapecoense, a 15ª colocada no Brasileirão, veja-se, por exclusão, habilitada a festejar um título continental. Até o Brasília pode!
É um rematado absurdo! Entra no rol das convocações para seleções disputarem amistosos em meio a competições envolvendo os clubes e dos erros de arbitragem impunes. A "Sula" é uma caricatura desses equívocos. Recentemente, quando o Grêmio disputava a terceira fase da Copa do Brasil, ouvi que melhor seria perder para jogar a "Sula". Repudiei! Argumentei: com a "Sula", eu daria uma vibradinha e iria dormir, precisaria acordar cedo no dia seguinte. Já em caso de Copa do Brasil, dane-se a agenda matinal. Pego meus filhos e vou pra Goethe tirar da garganta o grito preso há 14 anos. A Sul-Americana jamais seria o título a romper esse jejum. Por que não?
Porque, mesmo dando dinheiro, projeção dos jogos na TV e vaga na pré-Libertadores, a "Sula" é uma grande bobagem, independentemente de haver ou não torneios semelhantes em outras partes do mundo. Não vivo de emoções vazias e de falsas verdades. Pra mim, nunca serviu.
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