Adão Júnior
Em menos de cinco anos, Paulo Josué trocou as máquinas da metalúrgica em que trabalhava em Gramado pelas bolas e campos de futebol. Deixou o time amador do Serrano, de Canela, sua cidade natal, para se tornar profissional no Juventude. Depois, passou por clubes como Esportivo, Passo Fundo e Lajeadense, até encarar o maior desafio da carreira: jogar nos Emirados Árabes Unidos.
- Sou muito grato ao Juventude por ter me aberto as portas para o futebol. Se não fosse o clube, jamais estaria aqui do outro lado do mundo pensando num futuro melhor para a minha família. E também sou muito grato ao Lajeadense e ao Esportivo, porque talvez tenham sido meus melhores momentos na carreira até hoje. Foi onde consegui aparecer mais e abrir as portas a nível nacional - diz o jogador de 26 anos.
Paulo Josué assinou contrato com o Dibba Al-Hisn Sports Club, da cidade de Dibba Al-Hisn, distante cerca de 100km de Dubai:
- Aqui é tudo muito organizado. O estádio não é grande, mas os profissionais do clube são muito corretos e trabalham sério. Ainda não consigo me comunicar direito pela questão da língua, mas espero logo me adaptar e me socializar mais com o pessoal daqui. São todos muçulmanos e levam essa questão da religião muito a sério, procuro respeitá-los da melhor maneira. A cidade que estamos é bem pequena, mas ao redor tem maiores, como Dubai. Nas folgas, passamos o dia lá.
Em novembro de 2010, Paulo Josué deixou de trabalhar na metalúrgica Famastil Taurus Ferramentas para fazer avaliações no Juventude, após chamar a atenção da comissão técnica de Beto Almeida e Picoli em um amistoso de pré-temporada. O Ju venceu o Serrano por 1 a 0 e Paulo foi um dos destaques, aos 21 anos.