A melhor sequência de resultados desde seu retorno ao Alfredo Jaconi em 2014 está preocupando o técnico Picoli. Não que ele ache ruim o Juventude ter somado 13 nos últimos 15 pontos possíveis e ter alcançado a vice-liderança do Gauchão. Mas o treinador sabe que a boa fase começa a atrair olhares mais atentos dos adversários para sua equipe. Segundo ele, a partida contra o Lajeadense, no último domingo, já serviu para dar essa noção.
- A maior dificuldade que a gente vai enfrentar a partir de agora é o nosso sistema e nossos atletas não serem mais novidade. Contra o Lajeadense, o Winck mostrou uma preocupação com o nosso lado direito que nos obrigou a repensar a estratégia. A equipe passa a ser visada, chama a atenção. Nesse momento, sim, eu gostaria que a preocupação ficasse só com a nossa camisa laranja - brincou o alviverde.
O sinal de alerta aceso nas equipes adversárias a partir da boa campanha do time que não perde desde a terceira rodada também é destacado pelo atacante Rogerinho.
- Estão olhando o nosso time com uma cara diferente. Sabem que estamos vencendo e fazendo gols e a atenção está sendo redobrada. Claro que isso ocorre principalmente contra equipes menores, o que não é o caso do Inter. Mas certamente vão nos marcar muito - comentou.
Contra o Inter, no próximo domingo, três atletas poupados no último fim de semana devem retornar: Pereira, Vacaria e Alan Schons. Mas com a boa resposta que teve de jogadores como Lucas, Rogerinho e Douglas, Picoli admite ter dúvidas para escalar a equipe, embora não pretenda mexer no esquema:
- É uma dor de cabeça que há muito tempo eu vinha estimulando. Passo a ter mais alternativas boas para iniciar o jogo ou criar uma situação desconfortável para o adversário durante a partida. Mas não pretendo inventar alguma coisa agora. Já fui obrigado a criar uma alternativa, só que nem sempre o retorno é o resultado que nós tivemos. Vamos buscar a vitória contra o Inter com coerência.