Adão Júnior
Tímido, discreto e tranquilo, Zulu foge da maioria das características de um capitão. Porém, é a experiência e o respeito natural frente aos jogadores do Juventude que fizeram com que o técnico Picoli o escolhesse para ostentar a braçadeira neste início do Gauchão.
Aos 31 anos, o bicuíra de Tramandaí é um dos jogadores com mais tempo de titularidade na equipe profissional alviverde do atual grupo de atletas. Está no clube desde dezembro de 2010, vai para o quinto Estadual consecutivo e está na galeria dos maiores artilheiros da história do clube, com quase 70 gols. Além disso, já conquistou uma Copinha e tem um acesso nas costas.
- Não me vejo como capitão pelo meu modo de ser. Sou um cara mais tranquilo, não sou muito de falar. Claro que se tiver que falar, eu falo. Mas capitão tem que se expressar bem, falar mais, cobrar, ter respeito de todo mundo. Quando o Picoli disse que eu ia ser o capitão, eu falei o seguinte no vestiário: ele me deu essa responsabilidade, mas no fundo todos somos capitães - disse o jogador.
Picoli vai aguardar novas lideranças para o decorrer do campeonato e temporada. Um nome surge com força: Pereira, o Pereirão, aquele da Batalha dos Aflitos de 2005, com o Grêmio. O zagueiro está buscando o melhor condicionamento físico e só deve jogar a partir da terceira rodada. Zulu não quer apressar a recuperação do colega, mas já mandou um recado:
- Já brinquei com o Pereira: volta logo porque esse negócio de capitão não é comigo. O Pereira é um atleta que já passou por grandes equipes, é reconhecido nacionalmente, ajuda um monte a gente. Ele é um capitão nato, eu não. E não pretendo disputar esse posto. Não tenho a vaidade de ser o capitão.