Os sorrisos voltaram ao rosto de Raimundo Demore. O alto-astral não é exagero. Depois de comandar o clube durante dois anos na infernal Quarta Divisão, o presidente reeleito do Juventude vislumbra um horizonte verde embalado nos braços da OAS. Fala-se em retornar à Série A, recuperar o prestígio dos áureos tempos da Era Parmalat transformando o estádio em uma arena e erguendo um Centro de Treinamento de primeiro mundo. Com a aproximação do empresário Gilmar Veloz, turbinar o departamento de futebol para formar um time competitivo.
- Eu tinha uma sobrecarga muito grande e o futebol era uma coisa muito minha. Hoje eu tenho como transferir isso para alguém. O Veloz conhece muito mais do futebol do que eu, sem dúvida nenhuma. Um homem viajado, que conhece tudo que é jogador e lida com a nata do futebol. Veloz no Juventude chega a ser motivo de muita alegria porque o mundo dele é muito superior a tudo que se vive dentro desse clube - elogiou o mandatário
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No entanto, os dias difíceis ainda irão demorar um pouco a passar. A frente do Juventude até o final de 2015, Demore adianta que a picanha será degustada depois dos primeiros dois anos de trabalho árduo e complexo. Os 24 meses que seguem a partir de janeiro são essenciais para a nova parceira firmar bem os pés no Alfredo Jaconi. O planejamento é que o passivo de R$ 20 milhões seja quitado nesse período, permitindo o aporte de grandes empresas e investidores para, aí sim, a grana propriamente dita tilintar nos cofres.
- Acho que os primeiros dois anos vão ser muito duros ainda. Isso vai ser muito pesado. Tem que estruturar internamente o clube, nós somos responsáveis, junto com eles, de buscar toda nossa receita orçamentária. Tudo isso faz parte do dia-a-dia, então nós precisamos ter dois anos de muita aplicação, de muito trabalho. Depois, no masterplan, que é o plano completo, aí eu acho que será a picanha gostosa que todo mundo quer - explanou Demore.