Zero Hora
A decisão de deixar a União Europeia, tomada por 51,9% dos britânicos no plebiscito desta quinta-feira, não significa que o Reino Unido sairá imediatamente do bloco. O "divórcio" precisa ser negociado com os outros países europeus. De acordo com o artigo 50 do Código de Lisboa, as tratativas podem durar dois anos (prorrogáveis por unanimidade).
Leia mais
Milhares de londrinos assinam petição para pedir independência depois do Brexit
Vitória do Brexit derruba as Bolsas no mundo todo
Imprensa internacional discute os efeitos da saída do Reino Unido da União Europeia
Confira o que acontece daqui para frente:
Notificação aos outros membros
Conforme a agência Deutsche Welle, uma carta formal deve ser enviada aos outros 27 membros da União Europeia, para assim iniciar o processo. Não há uma data certa para isso acontecer. Segundo o jornal espanhol El País, o primeiro ministro britânico, David Cameron, que já anunciou que renunciará ao cargo até outubro, havia prometido ao presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, que a decisão seria aplicada imediatamente.
Começa a negociação
A programação da saída passa a ser discutida pela União Europeia. Conforme o El País, a responsabilidade de negociar deve ser da Comissão Europeia ou da Alta Representante para Política Exterior, Federica Mogherini. O acerto promete ser complexo, uma vez que nenhum país, até hoje, deixou a UE. Uma série de leis precisam ser analisadas. O prazo é de dois anos, com a possibilidade de prorrogar o período.
Como ocorre a aprovação?
Os 27 países-membros precisam concordar com o contrato de saída. O Parlamento Europeu também deve aprovar, assim como, é claro, o Reino Unido, que precisará assinar o documento. Com a saída de David Cameron, que era contrário ao Brexit, outro primeiro-ministro comandará as negociações. A nova liderança, no entanto, dificilmente irá contra a decisão do plebiscito. Outra alternativa seriam parlamentares bloquear a saída, o que também não deve ocorrer devido a questões políticas.