Silvana Toazza
A Ftec, com sede em Caxias do Sul, foi a única faculdade do Rio Grande do Sul a integrar em maio uma missão técnica à Coreia do Sul a convite do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Ensino Superior de São Paulo (Semesp). Mais de 30 dirigentes educacionais brasileiros tiveram a oportunidade de conhecer o sistema educacional sul-coreano, um dos melhores do mundo. As universidades com foco tecnológico ajudaram o país asiático a driblar as dificuldades e a se reinventar.
– A fórmula deu muito certo e, hoje, a Coreia do Sul é exemplo de país desenvolvido, com grandes e globais empresas tecnológicas – explica o fundador e diretor geral da Ftec Faculdades, Claudio Meneguzzi Jr, que participou da missão.
Em entrevista exclusiva à coluna, ele compartilha o que vivenciou e o que poderia ser aplicado na Serra gaúcha:
Caixa-Forte: Por que o sistema educacional sul-coreano é considerado um dos melhores do mundo?
Claudio Meneguzzi Jr: O sistema educacional da Coreia do Sul, principalmente o ensino básico, demanda muita dedicação dos alunos. Lá é normal o estudante do ensino médio estudar mais de oito horas por dia na escola regular e ainda, após essa extensa jornada, complementar seus estudos em cursos de reforço (os chamados hagwons), com aulas de matemática, inglês, ciências. Tudo isso faz o estudante chegar ao ensino superior muito bem preparado, tendo ótima performance em cursos difíceis como as engenharias, os preferidos por lá. Além disso, para ser professor na Coreia, você tem de ter sido um ótimo aluno. Só os melhores são aceitos para a carreira de docente, o que faz o professor ser referência para os alunos e para a sociedade.