O cenário de incertezas que se intensifica cada vez mais na economia - com empresas adotando flexibilização de jornada de trabalho e juros e inflação nas alturas - já reflete no comportamento de consumo dos caxienses.
O comércio amarga prejuízos de 9,4% no acumulado do ano até maio, ao mesmo tempo que a inadimplência caiu: o número de CPF's inscritos no SPC diminuiu em mais de mil registros no sistema, passando de 68.488 para 67.171 na comparação com o mesmo período do ano passado.
Os dados demonstram portanto que, sem conseguir determinar as perspectivas para o futuro, parte dos caxienses decidiu quitar o que deve ao invés de acumular novas dívidas. O comportamento, destaca Maria Carolina Gullo, assessora de Economia e Estatística da Câmara de Dirigentes Lojistas de Caxias do Sul, é o mais indicado para o momento.
- A palavra que define o momento agora é cautela. Quem tem algum pagamento para fazer deve prioritariamente honrar o que deve, até mesmo para depois não ter que pagar multas e juros. Já quem está em dia deve evitar a comprar por impulso, especialmente nesse momento de promoções. Se for para adquirir um item necessário, as liquidações são ótimas, mas somente nesses casos - explica.
Outro conselho dado por Maria Carolina é comprometer no máximo 30% do orçamento com dívidas.
- Isso porque temos outros gastos fixos que são essenciais, como alimentação, higiene e combustível - destaca.
NÃO ENTRE NO VERMELHO