
As empresas Randon fecharam o primeiro semestre de 2020 alcançando a receita líquida de R$ 2,1 bilhões, o que representa um recuo de 13,8% em relação ao mesmo período do ano passado. A receita no segundo trimestre, período afetado pela pandemia que puxou a queda, foi de R$ 933 milhões, 28,3% inferior a 2019.
Mesmo com a queda de receita, as empresas alcançaram lucro líquido de R$ 58,3 milhões no semestre. Destaque para o crédito de R$ 68 milhões com ações judiciais de exclusão do ICMS sobre a base de cálculo do PIS/COFINS.
Abril foi o mês mais afetado por causa da paralisação. Em maio, houve retomada de alguns segmentos e o agronegócio foi o principal, mas também o de produtos essenciais, como medicamentos e alimentos, além do e-commerce, ajudaram. A recuperação se intensificou em junho, e os primeiros meses do ano sem pandemia foram fundamentais para a melhora de negócios. No segmento de veículos e implementos, as vendas totais da companhia somaram 4.974 unidades no trimestre, sendo 296 para o mercado externo.
Embora a demanda tenha apresentado sinais de recuperação em algumas nações, como o Paraguai, ela permanece fraca nos países mais relevantes para as exportações da Randon, como Chile e Argentina, agravada pelos efeitos da pandemia, resultando em queda de 63,7% nos volumes exportados pela empresa no segundo trimestre.
O setor de autopeças foi um dos mais afetados. A Fras-le fechou o primeiro semestre de 2020 alcançando a receita líquida de R$ 620 milhões, recuo de 6% em relação a 2019.
O grupo tem atualmente 10,3 mil profissionais, 900 a menos que no ano passado em função da não renovação de temporários e do desvínculo voluntário. Segundo o CEO Daniel Randon, o semestre também foi marcado pelos protocolos de segurança para proteger os colaboradores.
– Para os próximos meses, seguiremos com este mesmo foco – destaca Randon.