Sandra Cecília Peradelles
Meus olhos ainda brilham ao lembrar que, aos 12 anos, vi no menino franzino de sorriso de imensidão, que morava bem ali, cinco ou seis casas abaixo da minha, a primeira possibilidade de me apaixonar. Eu segurei aquele sentimento o quanto pude, dada à vida árida que me fazia crer que aquilo não era real e, também, à minha personalidade controladora. Tudo por não conseguir, no auge da minha inexperiência, decifrar aquele sentimento ou o que, no futuro, ele poderia me trazer. Com toda minha infante racionalidade, mal pude perceber que já era tarde demais, ali se concretizava meu primeiro amor.
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