Sandra Cecília Peradelles
Acordar cedo, caminhar, a cara no sol, resplandecendo com ele. Na rua, cheia de vida. Comprar pão: “quentinho hein, Jorge, que sorte!”. Cumprimentar pessoas desconhecidas: “bonito cabelo, moça!”. Papear besteirinhas com o vizinho: “separou, foi? não acredito!”. Sinto falta até de sair de casa a cumprir um sem fim de atividades, coisas comuns da vida comum que preenchem meu cotidiano de mulher-mãe-trabalhadora. E que, apesar de exaurir corpo e mente, eu sempre amei. Agora, aqui dentro de casa, aqui dentro de mim, sinto uma saudade absurda das pequenas coisas de conviver com o mundo.
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