Caminhava pela casa vazia, sozinha. Havia um universo infinito entre mim e cada parede, móvel ou adorno. A casa se tornava imensa. Eu ali, pequena, mínima. Aquele sentimento gigante de pequeneza tomava conta de mim, me possuía. Nunca entendi muito bem, nunca soube como cheguei até ali. Essa cena se repetia, uma vez, diariamente, e eu fui ficando só, tão só, que deixei de ser solitária. Como posso não conseguir lidar comigo, se estou junto a mim desde sempre e a única certeza que tenho é que eu serei minha última companhia?
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