Nivaldo Pereira
No filme alemão Nosferatu, de 1922, um navio à deriva aporta numa cidade. Ratos saem do porão e espalham a peste. A população tranca-se em casa, para proteger-se, ainda sem saber que o trevoso vampiro Nosferatu também viera a bordo. O filme de W. F. Murnau, com sua estética de sombras, costuma ser interpretado como uma metáfora do mal que se ocultava nos porões emocionais da Alemanha e que resultaria no horror nazista. No céu daquele ano do filme, Saturno e Plutão estavam em ângulo tenso, indicando situações extremas e sombrias, nos limites entre civilização e barbárie, poder e destruição. Por sinal, já em 1922, o fascista Benito Mussolini assumia o governo na Itália.
GZH faz parte do The Trust Project