Andrei Andrade
Aos olhos de um desconhecido, a menina bonita e de sorriso fácil, que aos 17 anos administra a própria loja de trajes para eventos em Caxias do Sul e se prepara para iniciar a faculdade de Fisioterapia, parece transbordar confiança. Talvez tivesse sido assim, não fosse um trauma vivido na infância e que moldou sua personalidade tão tímida quanto introspectiva. Vítima de bullying de colegas na escola, quando o cabelo curto provocava piadas e insinuações de que parecia um menino (e como se isso fosse negativo), Camila Rizzon Rossi, então com 11 anos, silenciou e fechou-se para o convívio. Na hora do recreio, se escondia para não ser ofendida. Foram necessários três anos de terapia e apoio incondicional da família para começar a superar uma fase cujas marcas ainda são dolorosamente sentidas.