Marcelo Mugnol
Desde que Jair Messias Bolsonaro (PSL) apareceu como candidato à presidente, ressurgiu um coro que parecia adormecido desde o período da Ditadura Militar. A ala conservadora entrou em cena, também em Caxias, impulsionada pelas redes sociais em um clima de indignação política, por conta das inúmeras denúncias e comprovações de atos ilícitos e corrupção em várias instâncias do poder. A reportagem do Almanaque deste final de semana ouviu caxienses identificados com a visão de mundo conservadora, como a educadora física e fisioterapeuta Nadja Rippel e o médico Arielson Milani. Eleitores de Bolsonaro entendem que a sociedade brasileira está desajustada, economicamente, moralmente e ideologicamente, e só um governo linha dura, baseado na tríade Deus, pátria e família, poderá recolocar o Brasil nos eixos. Alguns poderão classificá-los como reacionários ou retrógrados, por insistirem em ideais, princípios e valores do passado. Mas eles defendem o bolsonarismo como o movimento que tirou a mordaça das suas bocas e, enfim, dialogou com os anseios dessa maioria.