Nivaldo Pereira
Espiemos o caranguejo, eu seu caminhar enviesado, meio de ladinho, como quem não quer nada. Se fareja perigo, as pinças se abrem, defensivas. Mas essas pinças também podem se abrir em intenção oposta, prontas para acolher e enlaçar fortemente um outro ser. Arrisco dizer que, se alguém inventou o abraço, só pode ter sido um canceriano! Ah, peitos abertos, corações confiantes, quentura de corpos unidos, vínculos reafirmados, intimidade e proteção mútua: o paraíso do signo da nutrição emocional cabe na concha de um verdadeiro abraço.
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