Nivaldo Pereira
Depois de dias úmidos e gelados, o domingo deu em Sol. Ainda de persianas baixadas, desconfiei da luz e do calorzinho lá fora pelo trinar jubiloso de um sabiá no parapeito. Era o Sol batendo na janela do meu quarto, era a natureza em celebração. Ah, e era Dia dos Pais! Olhei a imagem do meu num porta-retrato. Dois anos de saudades, mas o sentimento que veio não foi de tristeza. Que orgulho ter sido filho de um homem de coração feliz! E o meu coração também se contentou naquela manhã ensolarada, no domingo de Leão em que se louva o pai criador. Era o princípio solar em todo esplendor, materializando símbolos, dando sentido à vida. Feito o sabiá, quis cantar – e cantei.
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