Siliane Vieira
Antes que uma tela preta com a inscrição com o nome do filme (A Festa) invada a visão do espectador, uma transtornada personagem feminina abre a porta de casa e aponta uma arma para a câmera, posicionada de forma subjetiva no lugar do convidado que chega. A cena inicial da obra escrita e dirigida pela premiada britânica Sally Potter tem um forte poder de comunicação: é fácil prever que as coisas não terminarão muito bem na tal festa. O longa, que estreia na Sala de Cinema Ulysses Geremia nesta semana, escancara a intimidade de um grupo de amigos convocados, a princípio, para celebrar uma vitória política. Mas uma série de revelações importantes vai acabar desestabilizando cada personagem e instaurando o caos no ambiente.
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