Nivaldo Pereira
Foi ali, na Sinimbu, perto da Igreja de São Pelegrino, que eu vi o homem comendo lixo. Estava acocorado à frente do container verde, o saco plástico no chão, aberto, de onde ele revirava os restos que levava à boca com voracidade. Essa palavra se impôs: voracidade. E foi ela que me trouxe de imediato à lembrança o poema do Manuel Bandeira, aquele do bicho que catava comida entre os detritos e que não era um cão, não era um gato, não era um rato, mas era – meu Deus! – um homem!
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