Marcos Kirst
Certa vez, décadas atrás, fui a uma festa à fantasia. Não é só a Fátima Bernardes quem faz dessas, não. Li a notícia sobre a apresentadora global travestida de Mulher-Gato em uma festa desse quilate, dias atrás, e, ao invés de logo me somar às hordas criticosas que não pensam duas vezes antes de arremessar as pedras que parecem portar preventivamente nos bolsos, nesses tempos em que externar ira se tornou a tônica essencial do ser ("odeio, xingo, bato, logo, existo", é o novo mantra), parei e pensei sobre mim mesmo, que tenho telhado de vidro e, portanto, não posso arremessar pedra alguma. E nem o faria, pois não sofro da síndrome de catapulta.
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