Ciro Fabres
A esta altura, em um país em que o apego à memória e à história é escasso e pouco cultivado, não muitos devem saber quem foi João Saldanha. Pois Saldanha era o que anos mais tarde se convencionou chamar de "faca na bota". No caso, não era exatamente faca, mas um revólver de estimação que manuseou algumas vezes em entreveros públicos nos quais se metia. Gaúcho de Alegrete, João Saldanha conseguiu a proeza de fazer a cidade onde também eu nasci antecipar em 45 anos um sentimento vivido hoje por Caxias do Sul: o sentimento de ter um de seus filhos como técnico da Seleção. Hoje, Tite, àquela época, Saldanha. Ele comandava um esquadrão formidável, que classificou o Brasil para a Copa de 1970, a Copa do tri, ganhando todos os jogos. Saldanha era o Tite, só que muito mais explosivo.
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