Nivaldo Pereira
Uma faísca risca o céu, iluminando tudo. O estrondo da descarga elétrica ecoa na vidraça. Na hora, o raio me traz o insight de começar esse texto sobre astrologia falando do que vejo, aqui da janela. Tudo é aquariano: o raio, a luz que se irradia, a eletricidade, a ideia súbita, a astrologia, as coincidências cósmicas. E Aquário é o signo no qual o Sol passeia até o dia 18 de fevereiro. Tudo conectado entre céu e terra.
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Deixemos que a tempestade de verão ilumine o simbólico aguadeiro celeste, esse ser fascinante que derrama seu cântaro de ideias e luzes sobre o mundo. Um tanto de homem, um tanto de anjo; meio visionário, meio louco; o aguadeiro, voando nas asas do pensamento, enxerga lá do alto o futuro. E, de lá, percebe a humanidade como somente a distância o permite: somos todos iguais, apesar das diferenças. E que beleza o colorido das diferenças! Do alto céu, ele grita, cheio de amor fraterno: vamos ser originais, galera!
Criatura esquisita, esse aguadeiro! Quando já nos acostumávamos ao governo sóbrio e eficaz do Capricórnio, às regras da tradição e da obediência, lá vem ele questionando tudo, falando em liberdade, igualdade e irmandade. Lá vem ele tomando partidos em prol do coletivo, defendendo a criatividade e a sustentabilidade. Às vezes, age feito um furacão, pregando revoluções em tom radical. De outras, teima em suas ideias pouco ortodoxas, com uma dureza semelhante à da rocha capricorniana que ousa quebrar. Ah, chamá-lo de estranho é elogio. Afinal, que graça tem copiar, se o barato é inventar e transgredir?
Quando aquieta sua mente elétrica, plugado em redes e conexões globais, o aguadeiro é o máximo! Para ele, amizade é amor. E o amor amigo que se espalha em ondas a partir de seu peito quer quebrar barreiras e crenças, quer servir e defender a humanidade inteira. Ele é de todos, tem coração irradiante, mas às vezes se sente tão só... Com quem falar do que pensa, do que sonha, daquela intuição? Ser estranho é até bacana, dá certo estilo, mas também dói tanto...
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