Nivaldo Pereira
Conta a mitologia que a deusa romana Vênus – Afrodite para os gregos – possuía um cinturão mágico que a deixava simplesmente irresistível. Quem não quereria um acessório desses, capaz de enlouquecer de desejo as criaturas? Não é à toa que a etimologia de palavras como afrodisíaco e venérea reporta diretamente a Afrodite e Vênus. No simbolismo astrológico, a posição do planeta Vênus em nosso mapa natal é como o cinturão da deusa: indica o que gostamos e o que atraímos, nosso charme pessoal e nosso arsenal de sedução.
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Vaidosa feito a Oxum africana, Vênus é o espelho do que temos de belo, mas que costumamos enxergar melhor nos outros. Em seu passeio contínuo pelos 12 diferente signos da roda cósmica, Vênus vai irradiando, prismático, distintos padrões de beleza e estética. O lindo para um é medonho para outro e indiferente a outro mais. Gosto não se discute mesmo...
Nessa diversidade de formas de prazer e encanto, o que chamamos de amor vai se desdobrando em diferentes nuances. O amor desapegado e mental de Vênus quando passa em Gêmeos é bem diferente do amor de vínculos e dependências da posição do planeta em Câncer, e por aí vai. Só por esse espectro naturalmente variado, como ousamos padronizar as formas de amor, reduzindo-as aos moldes de uma cultura?
E a coisa se torna ainda mais complexa com os ângulos que o planeta Vênus faz no céu natal com os demais planetas. É como se os outros astros emprestassem seus atributos ao repertório venusiano. E o amor ganha novos temperos. Se o ângulo for com Saturno, o amor será maduro e controlado – não se brinca com amor! Se for com Urano, o amor será livre e irreverente, com forte dose de invenção e até subversão. Se for com Netuno, sofrer pode fazer parte do jogo de um amor de fantasia e redenção. E a gente ainda quer determinar uma “normalidade” ou ditar convenções para o amor...
Ai, ai, terráqueos! Aprendam com o céu que o amor quer apenas ser o que ele é. Venha ele complexo ou não, apenas ame. Não é uma boa deixar a geniosa deusa Vênus furiosa.
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