O jornalista João Cláudio Garavaglia, morto nesta sexta-feira, estava internado desde quinta-feira no Hospital Geral (HG). Segundo o dono do jornal Gazeta de Caxias, Odir Frizzo, o amigo e colega sofreu um ataque cardíaco em casa. Na manhã desta sexta-feira, a equipe médica constatou que os batimentos diminuíram e a família se preparou para o pior. O falecimento foi confirmado às 16h04min.
Post do blog Memória fala sobre o jornal Pioneiro nos anos 1980, época em que Garavaglia foi editor-chefe
Nos últimos meses, João Cláudio Garavaglia, ou Jean Claude para os mais íntimos, havia diminuído o ritmo de trabalho depois de sofrer outra parada cardíaca na saída do trabalho há cerca de três anos. De lá para cá, ele se envolvia na produção e no comando da redação da Gazeta, onde atuava há 19 anos, mas sem a mesma intensidade de outras épocas.
- Depois do primeiro ataque, ele ligou 15 dias depois porque queria voltar ao trabalho. Era muito apaixonado pelo jornalismo e não conseguia ficar em casa. Daí ele voltou sob recomendação de ter mais tranquilidade no dia a dia. Vinha aqui, encaminhava as pautas, voltava pra casa para tomar café, retornava depois para escrever a coluna, ia para casa tomar remédio. Estava o dia inteiro por aqui, mas intercalado com os afazeres pessoais, com o descanso - conta Frizzo.
Casado com Salete Portaluppi Garavaglia, irmã do jogador Renato Portaluppi, o jornalista era pai de Daniel. Um segundo filho de Garavaglia morreu de doença há cerca de 10 anos, segundo Frizzo. Em Caxias, ele integrava o time de jornalistas que marcaram os anos 1970 e 1980 na Serra. Trabalhou em rádios e jornais da região.
- Conhecia Garavaglia há 40 anos ou mais. Lembro que seu maior orgulho no momento era o neto. Estamos trabalhando e chorando - desabafa Frizzo, que encontrou forças para publicar o obituário do amigo no site da Gazeta de Caxias.