João Cláudio Garavaglia tinha uma memória invejável. Sem dificuldade citava escalações de times de futebol, lembrava jogadas e partidas de décadas passadas. Na política, era considerado referência tanto para o passado quanto para projeções futuras de Caxias do Sul e região.
- É um ícone da imprensa da cidade. Era um profissional que na política arriscava fazer projeções, análises. Ele não tinha medo. Não contava só o fato; projetava o futuro com muita argúcia - diz o ministro da Secretaria de Direitos Humanos, Pepe Vargas.
- Sempre teve um senso político muito apurado. Não tinha preconceito, analisava fatos. A grande habilidade dele era ser um grande analista político. O jornalismo perde uma grande referência - lamenta o jornalista Paulo Cancian.
Post do blog Memória lembra a história de Garavaglia no Pioneiro
Ao longo de mais de quatro décadas, ajudou na formação de diversos colegas de profissão. O jornalista Dirceu Soares lembra que Garavaglia foi um verdadeiro professor para os mais jovens. Com sua morte, Caxias e região perdem um dos seus jornalistas mais brilhantes.
- Foi um jornalista que marcou a história de Caxias. Inteligente, com um poder de interpretação muito grande. Eu gostava muito de ler quando ele escrevia sobre política. Com certeza vai fazer falta - diz o prefeito de Caxias, Alceu Barbosa Velho.
Garavaglia morreu na tarde desta sexta-feira. Ele estava internado desde quinta-feira no Hospital Geral (HG), após sofrer um ataque cardíaco. O corpo está sendo velado na Capela Cristo Redentor, em Caxias do Sul. Às 15h deste sábado, será levado para Bento Gonçalves, onde acontece o enterro.
O jornalista trabalhava na produção e no comando da redação da Gazeta de Caxias, onde atuava há 19 anos. Casado com Salete Portaluppi Garavaglia, irmã do jogador Renato Portaluppi, o jornalista era pai de Daniel. Ele integrava o time de jornalistas que marcaram os anos 1970 e 1980 na Serra. Trabalhou em vários rádios e jornais da região.