Foram cerca de 15 minutos de espera até uma viatura da Brigada Militar (BM) socorrer o gerente Mauro César Pellizzari, 24 anos, na noite de sexta-feira. O jovem foi atingido por uma pedra no supercílio direito, possivelmente lançada por um vândalo que confrontava os policiais ao final do protesto que ocorreu no Centro.
>> Brigada Militar credita ações de violência em protestos de Caxias a grupos da Capital
>> Confira uma galeria de fotos do protesto desta sexta-feira
>> Veja como foi o minuto a minuto da manifestação
>> Bento, Garibaldi e Vacaria promovem protestos sem tumulto
>> No dia seguinte à manifestação em Caxias do Sul, prejudicados arrumam estragos
>> Pelo menos 350 pessoas protestam na Câmara de Vereadores de Caxias na terça
Pellizzari, acompanhado de quatro pessoas, entrou na marcha em São Pelegrino disposto a lutar contra a corrupção e outros problemas do país. O grupo estava em frente a dois prédios em construção na Alfredo Chaves e saía calmamente após perceber o início da confusão. Nesse momento, eles acabaram surpreendidos pelo avanço da cavalaria.
- Um dos cavalos veio para cima de mim e do meu irmão e ficamos presos próximo aos tapumes. Quando me virei para ver o cara, vi uma pedra vindo em minha direção, vinda do parque. Acho que atiraram na direção do policial e acertaram em mim. A cavalaria errou porque foi para cima do povo e abriram muito rápido - relata Pallizzari.
Pellizzari foi socorrido por policiais porque, segundo ele, não havia não havia ambulâncias na região. A noite de manifestação pacífica do jovem terminou com uma cirurgia de reconstrução do osso da testa devido a uma minoria de baderneiros.
- Se você pegasse as 30 mil pessoas, você não me acharia nunca. Estava sem bandeira, com roupas neutras e éramos os primeiros a nos abaixar e gritar "sem violência".