Nivaldo Pereira
Quase apelei para o recurso de pedir desculpas ao leitor e publicar aqui algum texto antigo. A cabeça em pane, as emoções destrambelhadas, as lágrimas jorrando por qualquer imagem mais forte, a sensação de revolta indefinida de alvo, tudo travava a mão no teclado ante a escrita do texto previsto. Não estou bem! Quero sumir! Mas é nessas horas que o cronista se lembra que a crônica permite uma rara sinceridade íntima, que vem a ser sua principal característica. Sempre cabe ao cronista escapar do distanciamento dos fatos jornalísticos para se expor no demasiado humano nessas ocasiões em que tudo dói. E é porque sei que uma mesma dor une os gaúchos, nativos ou adotados, como eu, a tantos milhões de irmãos solidários, que me permito, então, explorar a passagem dessa grande dor.
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