Nivaldo Pereira
À beira de uma poeirenta estrada amazônica, num cabaré decadente, um seringueiro bebe sozinho numa mesa. O pensamento voa ao sabor da canção na voz de Paulo Sérgio, que ecoa em alto volume. “Há dias na vida / Que a gente pensa que não vai conseguir / Que é bem melhor deixar de tudo e fugir / Que outro mundo tudo vai resolver”. É uma canção de extremo desalento, tristíssima também na melodia. “Não creio em mais nada / Já me perdi na estrada / Já não procuro carinho / Me acostumei na caminhada sozinho / A vida toda só pisei em espinho / Já descobri que meu destino é sofrer”.
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