Marcelo Carôllo
Atmosfera de final de Libertadores. Ruas de fogo, mar vermelho, gritaria, ansiedade, insanidade. Éramos dezenas de milhares vestindo vermelho e ocupando o nosso Gigante. É o que nos resta, afinal de contas. Só o povo é quem pode reerguer o clube, afinal de contas. E lá estávamos. E lá cantamos. E lá deixamos tudo o que tínhamos. A desclassificação é o de menos, a essas alturas.
Em campo, um time sem grandes invenções na escalação. Qualidade há. Nossos jogadores, se tivessem um treinador, muito mais poderiam render. Contra o campeão brasileiro, não nos apequenamos. Pelo contrário. Fomos gigantes como o próprio Beira. Abafamos o Palmeiras desde os primeiros minutos de jogo.
Na pressão, atacando com perigo desde o começo, colecionamos chances desperdiçadas. Ah, Nico, se tu acertasse UM TERÇO dos chutes que tu tentas... Não precisava ser nem metade. Só um terço já me faria feliz. A cada três arremates, uma bola na rede. Serias o melhor atacante deste país, quiçá deste continente.