Nathália Carapeços
Quando a advogada Gabriela Souza deparou com múltiplas denúncias de mulheres que acusam de abuso sexual um renomado produtor de cinema, ela não teve dúvidas: estava em frente ao "Me Too brasileiro" em 2020. O movimento original eclodiu nos Estados Unidos há três anos e deu visibilidade há milhares de relatos de violência por meio de uma hashtag nas redes sociais, culminando na condenação do produtor de Hollywood Harvey Weinstein por crimes sexuais em março deste ano – ele foi acusado por mais de 80 mulheres. A semelhança entre os casos impulsionou um grupo de juristas a criar um espaço seguro para as vítimas se sentirem encorajadas a quebrar o silêncio. Batizada de #MeTooBrasil, a plataforma já está ar e funciona como canal de denúncia, lugar de acolhimento e referência para suporte jurídico e psicológico.