Carlos André Moreira
Falar de Che Guevara em uma época de polarizações ideológicas é mexer em um vespeiro, e o veterano jornalista Flávio Tavares sabe disso ao lançar As Três Mortes de Che Guevara, que será autografado neste sábado, às 17h30min, na Feira do Livro de Porto Alegre. O livro é um misto de ensaio e biografia que reconta a vida do guerrilheiro argentino concentrando-se em seu rompimento com a revolução cubana e a tentativa de estabelecer focos guerrilheiros no Congo e na Bolívia. Mexer nesse vespeiro, para o autor, é sinônimo de discutir temas polêmicos a sério – algo de que o Brasil está precisando. Colunista do GaúchaZH, Tavares tem uma das trajetórias mais ricas do jornalismo nacional. De formação à esquerda, foi um dos presos políticos trocados pelo embaixador Charles Elbrick, em 1969, durante a ditadura militar. Na entrevista a seguir, fala sobre Guevara, o atual momento do país e a fragilidade institucional dos partidos políticos brasileiros.
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