Rodrigo Lopes
Em 2009, fiquei uma semana trancafiado na embaixada brasileira em Tegucigalpa com o presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, e seus simpatizantes. Cercada por militares golpistas, a sede diplomática tornou-se refúgio do ex-líder populista em sua volta ao país, que deveria ser triunfal e acabou se tornando um cativeiro de luxo por meses. Éramos cinco jornalistas internacionais, tínhamos a comida revistada por cães e sofríamos, pelo lado de fora, com a pressão psicológica das tropas, e, pelo lado de dentro, com as ameaças de Zelaya, que tentava controlar o que era publicado em nossos jornais.
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