Kelly Matos
Não é de hoje que os brasileiros que detém cargo, título ou sobrenome de família real se percebem acima dos demais. Basta uma olhadinha rápida nos livros de história (pode ser filme, se você tiver preguiça) para verificar a forma como homens e mulheres negras foram tratados pelo andar de cima assim que a escravização foi abolida no Brasil. Repare que não me atenho ao período da escravização em si, quando a legislação tornara oficial a lógica perversa de tratar seres humanos como bichos - muitas vezes pior do que isso. Mas observo o cenário desenhado depois, quando brancos continuaram frequentando escolas, salões de baile e elevadores exclusivos. Aos "inferiores", restaram as ruas, o morro e o elevador de serviço.
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