Giane Guerra
Parece sutil, mas há um abismo entre duas posturas possíveis em relação ao caso dos 200 safristas resgatados em Bento Gonçalves, na serra gaúcha, em condições análogas à escravidão. Uma delas é: "eu não sabia!" A outra é: "mas como eu não sabia?!" Uma é a pura e simples defesa para eximir-se de um dever moral e, para alguns envolvidos, legal, já que a lei determina que empresas saibam a condição dos trabalhadores terceirizados quando optam por contratar um prestador de serviços. Já no outro caso, existe a chamada "mea culpa", que é um entendimento de que poderia se ter sido mais vigilante, mais zeloso pelo que acontece na sua comunidade.
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