Eliane Marques
Quando se torna professora (1847), Maria Firmina dos Reis se recusa a desfilar nas costas de escravizados sobre um palanque em São Luís, no Maranhão. A professora argumenta que eles não eram bichos para carregarem pessoas neles montadas. A posição social alcançada com o magistério contribui para que ela publique seu primeiro livro, Úrsula (1859). Logo se seguiram o romance Gupeva (1861), o poemário Cantos à Beira-mar (1871) e o conto A Escrava (1887). Aposentada do ensino público (1881), Maria Firmina funda a primeira escola mista (gratuita) do Brasil, o que escandaliza os círculos locais em Maçaricó. Depois de dois anos e meio de aulas para filhos e filhas de lavradores e de fazendeiros do povoado, impôs-se a ela o fechamento da escola. Diliquinha, seu apelido familiar, escreve para vários jornais, tais como A Verdadeira Marmota, Semanário Maranhense, O Domingo, O País, Federalista e O Jardim dos Maranhenses. No campo da música, ela se destaca com as composições Hino da Libertação dos Escravos e Hino à Mocidade.
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