No início dos anos 80, quando a democracia ainda engatinhava no Brasil e eu começava minha carreira como professor, tive uma conversa meio insólita com o jornalista Antônio Gonzalez, então diretor da Faculdade de Comunicação da PUCRS. Falávamos sobre o voto vinculado, regra que valeu nas eleições de 1982. A cédula depositada na urna deveria conter apenas candidatos de um mesmo partido. Do contrário, seria anulada. Eu achava que a regra, embora autoritária, obrigava o eleitor a ter coerência ideológica, o que é benéfico para a política em geral.
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